terça-feira, 8 de setembro de 2009

* Apontamentos sobre leituras *


Estava eu a ler um livro Eça de Queiroz, quando li palavras que desconhecia por completo. E, delas, uma das que me chamou mais à atenção foi: "sicite". Claro que fui consultar o meu velhinho dicionário do "Torrinha", utilizado há bastante tempo, durante o período de estudo escolar, na também velhinha escola Oliveira Martins, da rua do Sol. E, o significado apareceu: é vinho feito de figos.
Não sei, ainda, onde se produz e se o gosto é agradável. Mas, oportunamente, iniciarei a pesquisa e ver a possibilidade de degustar esse néctar.
Outras mais apareceram. São: sicómoro, sicofanta, sarmento, vergel e pórfiro. Nova consulta ao dicionário, e o correspondente significado para cada uma.
Assim:
  • sicómoro, é uma árvore cujo fruto é semelhante ao da figueira;
  • sicófago, é aquele que se sustenta de figos;
  • sicofanta, um delator que existia na antiga Grécia que transportava figos para fora da Ásia contra aas determinações da lei e, também pode significar uma pessoa que denuncia falsamente, que acusa, etc.;
  • sarmento, é o rebento de vide ou de outras plantas e, também, a haste da planta trepadeira;
  • vergel, um horto para recreio onde há jardins e pomares;
  • pórfiro, é uma espécie de mármore.

Daí que, se pode concluir que uma leitura de um qualquer livro, nos poderá transportar a um espaço dantes ignoto para outros contornos já bastante defenidos e mais verosíveis.
Verifica-se então, uma viragem no percurso que se iniciara, em que o desconhecido teria uma identificação pouco definida onde a ignorância é evidente. Mas com uma simples consulta o então obscuro, nubloso ou tenebroso, fica modificado definitivamente. Este tipo de atitude pressupõe uma racionalidade onde o conhecimento é vitorioso.
Toda esta "pseudo" reflexão é apenas uma consideração ao benefício que a leitura pode trazer a todas as pessoas. Não é, como alguns dizem e, quiçá pensam em darem à leitura uma prda de tempo, sem benefícios imediatos. Ora esses tais "maus" benefícios não são de índole material, mas sim BONS, no sentido mais lato. A leitura pode levar as pessoas a utilizarem o que melhor existe na pessoa humana. Eleve o pensamento, a imaginação e a memória. Pelo que, desloca-nos de um ambiente real para locais, onde esse ambiente é, significatiamente diferente do local onde permanecemos normalmente.
A sua diversidade, isto é, a visão nova, quer no aspectoreal e presente, poderá empolgar os sentidos e estabelecer análises comparativas, onde a memória conjugada com a imaginação provocam, sem dúvida, o arquétipo de uma "mélange", onde está presente o belo e feio e o bom e o mau. Mas, também, o amor e o ódio. Bem como alguns sentimentos, de sinais iguais ou contrários.
Assim, nesta estrutura estará presente, em primeiro lugar a personalidade de cada ser humano. Onde a complexidade é permanente e, por isso, tornaesta abordagem bastante difícil, mas que, no entanto,além de fantástica é aliciante falar ou desenvolver o tema. Quase todas as pessoas, são levadas a este tipo de situações quando lêm um livro. Porém, não não se pode mencionar como certa a situação ou situações referidas, mas sim, aceitar que haja quebra neste pricípio. Uma coisa é certa, ler é, sem dúvida, um benefício. Dá mais conteúdo à análise, mesmo que empírica, de situaçõesinverisímeis ou obscuras. Isto é, no aspecto objectivo e/ou subjectivo, os resultados dos comportamentos poderão ter como base de entendimento o conhecimento ou a imaginação, então utilizados para a solução das situações presentes.
Então poderemos dar combate à IGNORÂNCIA que campeia na sociedade actual. E parafraseando o nosso grande sociólogo "António Sérgio", por sinal bastante esquecido das novas gerações, e, ignorado e pouco divulgado como homem da ciência social, que foi sem dúvida e ainda é, um dos garndes vultos da chamada nossa "inteligência". Ele nas sua variadíssimas reflexões disse: " os avanços da tecnologia tornam cada vez mais necessário a cultivação das forças morais ".
Entretanto faço esta pequena observação: o que escrevi até ao momento, não será novidade para alguns, mas parece-me que para outros é, totalmente, ignorado. Porquê? poder-se-á interrogar. Mas a resposta não virá célere. Essa pergunta gera, por norma, uma panóplia de questões, que por sinal se apresentam de molde a complicar, tendo por baseuma espécie de raciocínio cartesiano. Onde tudoé analisado da perpectiva do " cogito, ergo sum ". q que deveras é de um nível racionalista extremo. Ficando tudo relativizado àquele princípio. Assim sendo,escondido fica o sentido dado pelos professores quefazem com que a IGNORÂNCIA seja mantida durante omáximo tempo possível.



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