sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Anotações





" Deus fez a mulher, e descançou."
   - " Mahomet" -

Apontamento satírico


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Bom exercício de memória




Regular
Regulamento
Regulamentar
Regulamentário
Regulamentação
Regulamentacionar
Regulamentacionário
Regulamentacionamento
Regulamentacionamentar
Regulamentacionariamente
Regulamentacionamentariamente

Poeta - Afonso Lopes Vieira

SONETO

Era uma vez uma erva, uma sozinha,
Que vivia sem água e sem calor;
Quem passava não via a pobrezinha,
E que visse: pisava-a, sem amor.
O seu corpinho verde, que não tinha
Bebido a chuva nem o sol em flor,
Morreu: e a erva mísera e mesquinha
Estendeu-se no chão, seca de dor:



Andava ali, naquela ocasião, 
Um amoroso passarinho
Que construía o ninho com paixão
E o destino da erva foi diverso:
Leva-a no bico a ave p'ra seu ninho,
E dela faz a renda para o berço.

Anotações



 Arranca o estutário uma pedra dessa montanhas, tosca, bruta, dura, informe, e, depois que  desbastou o mais grosso, toma o maço e o cinzel na mão e começa a formar um homem,primeiro membro a membro e, depois, feição por feição, até à mais miúda: ondeia-lhe os cabelos, alisa-lhe a testa, rasga-lhe as faces, torneia-lhe o pescoço, estende-lhe aos braços, espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos;aqui desprega, ali arruga, acolá recama, e fica umhomem perfeito e talvez um sañto que se pode pôr no Altar.
  "Padre António Vieira"

Anotações



]..."... fiquemos por aqui, com pressa de viver, sem envelhecer; e Clara?, ela está apenas a cinco números de distância, tantos quantos os do telefone" ...[
 In " O cavalo a tinta da china" de Baptista Bastos, pág. 54
        Ed. Planeta Agostini - 1995

ANOTAÇÕES




]........[ - No outro dia estava aqui, no café, sozinho, passou uma pessoa desconhecida e eu pedi-lhe: "Pode ao emnos sentar-se aqui comigo, pa~ra que eu não me sinta só?". A pessoa olhou-me com surpresa e desdém, respondeu: "Que disparate! Parece que é parvo!". As pessoas são como são e as coisas são assim. Mas todos nascemos inocentes. Ou não?

In " O cavalo a tinta da china" de Baptista Bastos, pág. 52
       Ed. Planeta Agostini - 1995